quarta-feira, 2 de junho de 2010

Saudades, Tião do Riso!

Por onde anda meu amigo Jack, alcunha do Sebastião do Riso. Jack por que era assim que chamava seu bilau, supostamente um monumento à raça, e riso pois se abria em leque à mais modestas hilariedades. Tião era de uma simplicidade cartesiana, mas traía alguns gostos sofisticados – se beber vinho é assim algo digno desse adjetivo. Não é. Era apreciador, não conhecedor, e assim sendo, era seduzido por todo tipo de sugestão. Lembrei-me dele por acaso, ao manusear rolhas que eu caprichosamente guardo – e, em algumas delas, anoto a data do consumo do vinho e local, antes que o álcool não permita o gesto. Numa das obras de quercus suber estava lá: Tião, dezembro/91. Não me recordo do motivo do consumo de um tinto simples, cuja origem (Carver estampada na rolha) não me evoca nada. Mas sei que rimos muito em volta daquela garrafa, como recomenda a confraternização entre amigos.

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