segunda-feira, 7 de junho de 2010

Wine saver? Esqueça!


Juliana, cujo nome traz-me lembranças saudáveis - mas nem tanto – de um antigo flerte da juventude, pergunta por emeio se após o consumo de uma parte da garrafa o vinho pode ser guardado. A dúvida é mais comum do que se imagina e, pessoalmente, já testei alguns rótulos na tentativa de me convencer do que já sabia por experiência dos outros. Concluí que não há um meio seguro para garantir a qualidade da bebida no outro dia – seja como for: dentro ou fora da geladeira, lacrada com a rolha ou fechada com algum dispositivo não tão hermético. Então, minha resposta é não. Após aberto, o vinho se oxigena e esse processo, em alguns casos, ajuda a melhorar a bebida – na garrafa ou na taça -, aos suavizar os taninos, aquelas substâncias adistringente que deixa a boca marrenta. Na verdade, está em curso um processo de oxidação irreversível que vai levar a bebida a um desastre – em horas ou dias. Ao se fechar novamente a garrafa e guardá-la, o ar aprisionado em seu interior causa rebuliço químico de resultados imprevisíveis. E de nada adianta usar aqueles apetrechos sofisticados para retirar o oxigênio (vacu vin). Mas tem outras porcarias que se prestam a cumprir esse papel, como o wine saver (foto) e o winekeeper. Esqueça-os. Abra sua garrafa, chame um amigo, namorado, cacho ou sei lá e detone seu conteúdo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário