O consumidor tradicional de vinho é infiel - não se deixa embriagar pelo menos rótulo sempre. Assim também pensa Acyr Valença, ex-Casa Valença, cuja competência profissional de profundo conhecedor da bebida está a serviço da Adega Brasil. Na prática isso significa que devemos enterrar nossos narizes em taças inéditas para apresentar ao nosso olfato – e paladar – novos aromas e sabores. Fui o que fiz dia desses por sugestão de um amigo, recém-convertido ao mundo do vinho. Arrisquei-me numa garrafa de carménère da linha Frontera, da onipresente Concha y Toro, a toda poderosa vinícola chilena. Trata-se de um produto ‘industrial’, alguns bagos acima do Reservado, outra referência popular da Casa. O vinho é simples, mas talvez sua principal virtude resida exatamente aí: despretensioso, não almeja nada além da simplicidade. Depois de gestar por nove meses em inox (nada de madeira nesse processo), o evolui para 13,5 graus de teor alcoólico e cumpre plenamente a função de agradar na boca - e no bolso: custa em média R$ 30.
Edivaldo Magro é jornalista, apreciador de vinhos e não perde a oportunidade de aprender mais sobre o assunto - mas não é um ‘enochato’, aquele sujeito que se aproveita de qualquer situação para exibir seus pretensos conhecimentos sobre a ‘arte de baco’. Tanto que escreve sob o princípio de que ‘o bom vinho é aquele que você bebe e gosta’. E não se discute!
Nenhum comentário:
Postar um comentário