quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Bom para tempero, sagu...

João Carlos é um iniciante na ‘arte de baco’ e enviou-me e-mail solicitando minhas impressões sobre um rótulo argentino, o Latitud 33°. Antes que destile minhas imprecações e alguém se apresse a lembrar-me da frase lapidar que orienta esse espaço, segundo a qual o bom vinho é aquele que se toma e gosta – e pronto! - , sublinho que foi Carlinhos quem me pediu opinião. Então lá vai: vinhos vêm ao mundo para cumprir duas funções – uma para se bebido, outra para servir de ingrediente culinário ou outra vocação qualquer na cozinha. Alguns são cultuados em rituais enochatérrimos e se tornam disputados, venerados – e caros. Outros não chegam a tanto e cumprem destino modesto, mas com alguma nobreza: são degustados com alguma reverência e se tornam vinhos ‘honestos’. O Latitud se presta a um outro tipo de missão: servir de base para tempero de cebola, para batidas e é imbatível no sagu. Na taça, é sem graça, que de vinho só tem a cor.

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