quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Carménére: debutante chilena

Há 15 anos, o enólogo Jean Michel Bousiquot desembarcou no Chile como uma inusitada missão: descobrir o que teria ocorrido com um parreiral de Merlot, que aparentava ser sofrido algum tipo de mutação e se diferenciava da cepa original em vários aspectos. Jean Michel logo se deu conta que estava diante de uma nova variedade há muito extinta, a Carménère. A uva tinta desapareceu dos campos europeus no início do século 20, devastada pela filoxera, flagelo que impôs um divisor de águas na história da vitivinicultura mundial. Desde que o enólogo fez a descoberta, o Chile avançou – e muito – na vinificação da variedade, a ponto da uva ser considerada emblemática do país. Vinificada como varietal ou em cortes, a Carménère se notabiliza pela singularidade de seus aromas, razão pela qual é uma cepa diferenciada que permite a elaboração de tintos sofisticados, com taninos amigáveis e, portanto, mais adequados a paladares menos treinados. Varietais da Carménère apontam para vinhos que devem ser consumidos jovens, quando se notabilizam suas qualidades mais destacadas.

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